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Álbuns que completam 20 anos de vida e fazem parte da nossa trilha sonora rock’n’roll

Ilustração IA

A Morcegão FM separou boas recordações de trabalhos que foram gravados em 2005 e até hoje são hits em nossas vidas roqueiras

Por: Valéria Almeida

O ano era 2005, a então emissora MTV ainda mandava na cultura pop no Brasil e no mundo, o jogo Guitar Hero estava prestes a invadir os videogames, e as redes sociais ainda não ditavam o que iria estourar na vida das pessoas e na cultura Pop. Mesmo assim, aquele ano rendeu uma safra memorável de álbuns do rock’n’roll que atravessaram gerações e, em 2025, completam 20 anos existência sonora.

Do metal técnico ao punk melódico, do alternativo introspectivo ao hard rock radiofônico, essas gravações marcaram a juventude de muita gente e continuam vivas em palcos, playlists e lembranças até nos dias de hoje. São trabalho que chegaram antes dos algoritmos e conquistaram seu espaço no grito, com shows lotados, clipes icônicos e letras que ainda fazem sentido.

Abaixo, nós, da Morcegão FM, relembramos (ou apresentamos) alguns dos álbuns que, duas décadas depois seguem relevantes e que, talvez, você ainda saiba cantar de cor as músicas que fazem parte desses trabalhos que já fazem parte da reliqua do nosso bom e velho rock’n’roll.

Avenged Sevenfold – City of Evil

Lançado como o terceiro álbum de estúdio do Avenged Sevenfold, “City of Evil” representa um marco na evolução da banda californiana de heavy metal. O álbum, que vendeu mais de 1,5 milhão de cópias até 2010, foi o mais vendido na carreira da banda até aquele momento e ajudou a solidificar seu nome no cenário global do metal. Com uma sonoridade que marcou a transição do hardcore e metalcore para um estilo mais voltado ao heavy metal tradicional, City of Evil trouxe uma estética mais melódica, mas sem perder a agressividade característica do grupo. O álbum é lembrado por faixas que se tornaram hinos do metal moderno, como “Bat Country”, “Blinded In Chains” e “Beast and the Harlot”, músicas que não apenas dominaram as paradas, mas também foram trilhas sonoras de jogos e filmes.

System of a Down – Mezmerize

Lançado em maio de 2005, Mezmerize foi o quarto álbum de estúdio da banda de nu-metal armeno-americana e rapidamente se estabeleceu como um dos discos mais importantes da sua carreira. Com uma abordagem musical única e uma mistura de metal, hard rock e influências do rock experimental, o trabalho alcançou o topo das paradas, chegando ao 1º lugar na Billboard 200 em 12 países. A faixa de destaque “B.Y.O.B.” não só se tornou um clássico imediato, como também rendeu ao System of a Down o Grammy de 2006 na categoria de Melhor Performance de Hard Rock.

Dream Theater – Octavarium

Lançado em junho de 2005, Octavarium é o oitavo álbum de estúdio da banda de metal progressivo Dream Theater e representa uma das obras mais ambiciosas da carreira do grupo. O conceito por trás de Octavarium gira em torno da ideia de ciclos, representando tanto a carreira da banda quanto à filosofia de repetição e transformação que permeia a música. O álbum conta com faixas como “The Root of All Evil”, escrita pelo baterista, Mike Portnoy, que continua a saga dos doze passos do programa Alcóolicos Anônimos, além da faixa título com duração de 24 minutos, que é uma característica da banda. Uma obra prima do Metal Progressivo.

Judas Priest – Angel of Retribution

Lançado em fevereiro de 2005, Angel of Retribution marcou o aguardado retorno do vocalista Rob Halford ao Judas Priest, após mais de uma década afastado. Esse foi o 15º álbum de estúdio da banda britânica e um verdadeiro reencontro com suas raízes no heavy metal clássico. Faixas como “Judas Rising”, “Revolution” e “Worth Fighting For” foram bem recebidas pelos fãs e pela crítica, celebrando a volta da formação mais icônica da banda. O álbum também inclui “Lochness”, uma faixa de mais de 13 minutos que fecha o disco com uma abordagem quase progressiva. Angel of Retribution ajudou a renovar o prestígio da banda no cenário do heavy metal mundial.

DragonForce – Inhuman Rampage

Lançado em dezembro de 2005, no Japão, e mundialmente em janeiro de 2006, Inhuman Rampage é o terceiro álbum de estúdio da banda britânica de power metal, DragonForce, e um dos mais emblemáticos de sua carreira. O disco levou a banda a um novo patamar de reconhecimento global, principalmente por causa da faixa “Through the Fire and Flames”, que se tornou um fenômeno cultural ao ser incluída no jogo Guitar Hero III: Legends of Rock. Outras faixas como “Operation Ground and Pound” e “Revolution Deathsquad” também se destacaram, ajudando a definir a identidade sonora do grupo e foi um divisor de águas para a banda dentro do power metal moderno.

Disturbed – Ten Thousand Fists

Lançado em setembro de 2005, Ten Thousand Fists é o terceiro álbum de estúdio da banda estadunidense de metal alternativo/nu metal, Disturbed. O disco marcou a estreia do baixista John Moyer e consolidou a evolução sonora da banda, apresentando uma abordagem mais melódica e politizada em comparação aos trabalhos anteriores. Destaques incluem faixas como “Stricken”, “Guarded”, “Just Stop” e a poderosa “Land of Confusion”, cover do Genesis e que ganhou destaque com um clipe animado de forte teor político. O álbum vendeu mais de 2 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos.

QOTSA – Lullabies to Paralyze

Lançado em março de 2005, Lullabies to Paralyze é o quarto álbum de estúdio do Queens of the Stone Age e que marca uma nova fase da banda após a saída do baixista Nick Oliveri. Liderado pelo guitarrista e vocalista, Josh Homme, o disco apresenta uma sonoridade mais sombria, explorando elementos de rock alternativo, stoner rock e psicodelia com uma pegada mais introspectiva. O trabalho possui faixas marcantes como “Little Sister”, “Burn the Witch” e “In My Head”, que demonstram a versatilidade da banda e sua habilidade de criar músicas densas e hipnóticas, sem perder a energia do rock. Com participações especiais de Billy Gibbons (ZZ Top) e Shirley Manson (Garbage), a gravação de Lullabies to Paralyze consolida o QOTSA como uma das bandas mais criativas e imprevisíveis do rock alternativo na época.

Pitty – Anacrônico

Lançado em agosto de 2005, Anacrônico é o segundo álbum de estúdio da cantora baiana Pitty, consolidando seu nome como uma das principais vozes do rock nacional contemporâneo no Brasil. Com uma sonoridade mais densa e madura, o álbum mistura rock alternativo, grunge e elementos de música brasileira, abordando temas como identidade, contradição e resistência. Faixas como “Anacrônico”, “Memórias” e “Na Sua Estante”, tornaram-se grandes sucessos. O disco destaca-se pela autenticidade e pelo discurso forte, especialmente vindo de uma artista feminina em um gênero ainda dominado por homens no Brasil.

CPM 22 – Felicidade Instantânea

Lançado em março de 2005, Felicidade Instantânea é o quarto álbum de estúdio da banda paulista CPM 22 e marca uma fase mais melódica e introspectiva do grupo. Conhecido por misturar hardcore melódico e punk rock, com letras sobre juventude, sentimentos e conflitos internos, o disco trouxe hits como “Um Minuto Para o Fim do Mundo” e “Irreversível”. O álbum mostra uma maturidade musical maior da banda e ampliou seu alcance para além da cena punk/hardcore brasileira.

Capital Inicial – Aborto Elétrico

Lançado em setembro de 2005, Aborto Elétrico é um álbum tributo do Capital Inicial às suas origens no lendário grupo punk brasiliense de mesmo nome, que deu origem tanto ao Capital quanto à Legião Urbana. O disco traz novas versões para músicas criadas nos primórdios da cena punk de Brasília, ainda nos anos 1980, com letras de Renato Russo e músicas que nunca haviam sido gravadas oficialmente pelo Capital. O álbum tem um tom mais cru e direto, resgatando a energia política e a urgência do punk nacional. Entre os destaques, “Que País É Este” e “Veraneio Vascaína”, mostram como a banda revisita suas raízes.

Shaman – Reason

Lançado em maio de 2005, Reason é o segundo álbum de estúdio da banda brasileira de metal, Shaman. O álbum marca uma transição do metal melódico e sinfônico da banda para uma abordagem mais densa e emocional, mantendo, porém, a identidade técnica e atmosférica do grupo. A formação ainda contava com o lendário Andre Matos (vocal), Hugo Mariutti (guitarra), Luís Mariutti (baixo) e Ricardo Confessori (bateria). O álbum traz destaques como “Innocence”, “Scarred Forever” e “More” (cover do Sisters of Mercy)..

Esses álbuns comprovam que 2005 não foi só “mais um ano” para a música. Foi um marco para o rock mundial. Vinte anos depois, as músicas que fazem parte desses trabalhos continuam em trilhas sonoras de games, nas vozes dos fãs durante os shows e, claro, na playlist de quem nunca deixou de curtir rock.

E você, achou o seu favorito na lista? Ficou faltando algum? Comente conosco para sabermos qual música é sua trilha sonora roqueira.

Sobre Alex Cruz

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2 comments

  1. Sensacional.

  2. Excelente matéria, vou assistir aos clipes depois.

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