Álbum revolucionou as produções músicas do gênero e tornou-se uma influência para diversos músicos
Por: Alexandro Cruz – 4 de dezembro de 2025
O ano era de 1965 e os Beatles estavam há quase dez anos em uma carreira de ascensão contínua e inovadora para a época. Para contemplar uma época de tanta criativa, 60 anos atrás, o quarteto de Liverpool apresentava ao mundo o álbum Rubber Soul, uma obra que trazia uma mudança sonora da banda e para a indústria musical.
Nas palavras de John Lennon, em 1965: “Vocês não nos conhecem agora se não conhecem o Rubber Soul“. Essa afirmação se deve ao ponto de que tudo o que lançaram depois só faria sentido se alguém tivesse ouvido o álbum clássico da banda.
Revolução sonora
O sexto álbum de estúdio dos Beatles apresentava arranjos mais expressivos, com um tipo de lirismo mais maduro em relação a seus trabalhos, como Help!. “Você não pode ficar cantando músicas de 15 anos aos 20, já que não tem pensamentos de 15 anos aos 20“, afirmava Paul McCartney à revista Newsweek na época do lançamento.
O LP surgia com um uso mais amplo de instrumentação, que não havia sido explorado antes pelos Beatles, assim como por quase todos os artistas do rock. O trabalho fez um novo precedente para a indústria da música global.
Obra influenciadora
A força de Rubber Soul foi tanta, que muitos artistas musicais de renome ficaram impactados por sua sonoridade e absorveram o registro como inspiração para seus próprios trabalhos, por exemplo.
Para mostrar o poder sonoro do álbum, reunimos alguns desses artistas que apontaram como o Rubber Soul moldou seus pensamentos sobre como a música que poderia soar e ser feita bem.
Brian Wilson

Para ele, não haveria Pet Sounds para os Beach Boys, sem Rubber Soul. Apesar de sua obra, Wilson não sentia que Pet Sounds tivesse superado o que os Beatles haviam feito. “É um bom álbum, mas não o melhor”, disse ele em 2011 à New Music Express.
Roger Daltrey

Curiosamente, The Who lançou seu álbum de estreia, My Generation, exatamente no mesmo dia em que os Beatles lançaram Rubber Soul. Em resumo, o vocalista Roger Daltrey era definitivamente um fã. “Eu evoluí para o álbum dos Beatles, que eu realmente amei quando saiu”.
Art Garfunkel

O álbum foi muito importante na produção musical para ele. “Para ser honesto, eu estava perseguindo os Beatles“, admitiu Garfunkel ao portal MusicRadarm em 2014. “Uma vez que existiam Rubber Soul e Revolver, eu vi o modelo. Paul (Simon) e eu estávamos apaixonados pelo álbum de 12 músicas e em como poderíamos trabalhar com essa novidade. Como sequenciá-lo, como colocar uma capa bonita e torná-lo uma entidade“.
Andy Summers

Ao falar com o jornal The Guardian, em 2004, Summers, The Police, não conseguia decidir entre Rubber Soul ou Revolver como seu álbum de rock favorito. “Quando se chega ao Sgt. Pepper, parecia excessivo para mim — sinos, assobios e todo o resto“, explicou ele. “Este (Rubber Soul)é um pouco mais contido, e soa como um grande grupo de beat no auge de seus poderes.”
Paul Stanley

Em 2023, Paul Stanley foi questionado pelo portal Classic Rock sobre sua opinião a respeito dos melhores álbuns de todos os tempos. Ele citou o primeiro álbum do Led Zeppelin. Mas, fez questão de terminar sua resposta com Rubber Soul. “O Rubber Soul dos Beatles é tão eloquente em sua simplicidade”, disse ele. “A emoção nele o torna extraordinário“.
Steven Tyler

Enfim, aqui está um artista que ficou impressionado com a obra. Além disso, Tyler também ficou atônito com o quanto os Beatles evoluíram em um período tão curto. “Beatles foram de ‘She Loves You’ para ‘Help!’ em um ano. Em um ano. Não em 10“, escreveu em seu livro: Does the Music in My Head Bother You?: A Rock ‘n’ RollMemoir. “Em dois anos eles estavam no psicodélico Rubber Soul. ‘Norwegian Wood‘, quão ótimo é isso?“
E você, concorda com a vísão dos músicos em relação ao Rubber Soul? Deixe seu comentário abaixo para a gente saber a sua opinião se o álbum é ou não uma quebra de barreira sonora na história do rock mundial.
Plantão Rock Jornalismo musical com notícias do mundo da cultura rock.

