Confira a lista de LPs clássicos que comemoram décadas de existência e que fizeram e fazem a trilha sonora dos fãs por anos e anos
Por: Yank Valéria Almeida – 13 de novembro de 2025
“Lavô Tá Novo” – Raimundos (1995)
O Raimundos sempre foi sinônimo de energia bruta e o “Lavô Tá Novo” não é diferente. Este álbum traz uma mistura de hardcore, punk-rock e elementos da música tradicional brasileira, mantendo a pegada irreverente que a banda consolidou desde o início dos anos 90. Musicalmente, destaca-se pelo uso dos riffs rápidos, bases de bateria sólidas e vocais potentes. No entanto, a grande virada aqui é a inclusão de uma sonoridade mais acessível, sem perder a atitude contestadora e a identidade hardcore que é a marca registrada da banda.

“Usuário” – Planet Hemp (1995)
“Usuário” é o álbum de estreia do Planet Hemp, marcado pelo rap rock, hip-hop e hardcore. O álbum mistura técnicas de rap com guitarra pesada, algo que a banda sempre soube fazer de maneira única. As guitarras sujas e rápidas, combinadas com as batidas do hip-hop, criam um ambiente sonoro pesado. Os vocais de BNegão e Marcelo D2 protagonizam as letras com enfoques sociais e politizadas. A mistura de batidas eletrônicas e riffs distorcidos também estabelece uma sonoridade crua e intensa, com a força do metal e a irreverência do rap.

“(What’s the Story) Morning Glory?” – Oasis (1995)
Este disco é um marco não só para o britpop, mas também para o rock dos anos 90. “(What’s the Story) Morning Glory?” traz uma combinação de técnicas de produção simples e direta com melodias épicas e refrões gigantescos. Além disso, a guitarra de Noel Gallagher é fundamental para o som da banda, com riffs poderosos e que se tornaram icônicos, como em “Wonderwall” e “Don’t Look Back in Anger“. O álbum também exibe uma sólida seção rítmica e um vocal característico de Liam Gallagher, que transmite emoção e rebeldia, que reflete os sentimentos da juventude inglesa na época.

“City of Evil” – Avenged Sevenfold (2005)
Com “City of Evil”, o Avenged Sevenfold elevou sua sonoridade ao colocar o metalcore ao lado do heavy metal clássico, criando uma mistura explosiva. As técnicas de guitarra são muito elaboradas, com Synyster Gates e Zacky Vengeance executando solos rápidos e intricados, enquanto a bateria de The Rev exibe uma complexidade rítmica impressionante. A produção de Andy Wallace destaca ainda mais os aspectos orquestrais e cinematográficos do álbum, que abrange desde momentos épicos até passagens mais agressivas e caóticas, criando uma narrativa musical impressionante.

“The Bends” – Radiohead (1995)
“The Bends” foi um divisor de águas no britrock dos anos 90. O Radiohead aprimorou a técnica de experimentação sonora que viria a definir sua carreira, utilizando guitarras texturizadas, modulação eletrônica e arranjos de cordas. As músicas são melodicamente ricas e as letras, introspectivas e existenciais, transportam o ouvinte para uma experiência emocional intensa, por exemplo. Thom Yorke e sua banda souberam equilibrar perfeitamente momentos de tensão e melancolia, criando uma atmosfera única e inovadora no rock da época.

“Blood on the Tracks” – Bob Dylan (1975)
O álbum de Bob Dylan é considerado um dos maiores discos de sua carreira. “Blood on the Tracks” é um trabalho introspectivo, com letras profundamente pessoais e uma sonoridade mais voltada para o folk rock. O uso de harmônica, violão e arranjos de cordas confere uma riqueza técnica ao álbum, enquanto a interpretação de Dylan no vocal traz uma carga emocional que transforma as canções em quase uma experiência catártica. A técnica de composição de Dylan também se destaca, com letras densas e poéticas que falam de amor, dor e arrependimento.

“The Poison” – Bullet for My Valentine (2005)
Com “The Poison”, o Bullet for My Valentine se destacou como uma das maiores bandas de metalcore da década de 2000. O álbum apresenta um equilíbrio perfeito entre riffs pesados e melodias melódicas. As guitarras de Matthew Tuck e Michael “Padge” Paget oferecem solos de alta octanagem, enquanto a bateria de Jason “Jay” James proporciona uma base sólida. As letras, muitas vezes voltadas para a dor emocional e os relacionamentos, são acompanhadas por vocais agudos e de grande impacto, uma característica do estilo da banda.

“Wish You Were Here” – Pink Floyd (1975)
“Wish You Were Here” é um dos álbuns mais experimentais do Pink Floyd, sendo uma das obras mais aclamadas da banda. Musicalmente, a utilização de sintetizadores e guitarras atmosféricas cria uma sonoridade psicodélica que mistura rock progressivo com um toque de melancolia. A habilidade de David Gilmour nas guitarras é incomparável, com solos icônicos como os de “Shine On You Crazy Diamond“. Além disso, as letras, influenciadas pela perda de Syd Barrett, trazem um tom de saudade e introspecção.

“A Night at the Opera” – Queen (1975)
Este álbum é uma das maiores obras-primas da história do rock. O Queen inovou ao incorporar uma mistura de estilos musicais, incluindo opera, rock clássico, metal e até elementos de musicais da Broadway. A produção impecável e as performances de Freddie Mercury e Brian May são destaque. “Bohemian Rhapsody” é um exemplo perfeito da habilidade da banda em misturar seções de ópera com riffs de guitarra poderosos, criando assim uma das canções mais emblemáticas do gênero.

“Toys in the Attic” – Aerosmith (1975)
“Toys in the Attic” é um marco no hard rock e um dos álbuns mais importantes da carreira do Aerosmith. O disco traz como combinação riffs pesados, uma excelente seção rítmica e a voz rouca e cheia de atitude de Steven Tyler. Vale destacar que as faixas possuem um groove envolvente e o uso de guitarras afiadíssimas, como em “Sweet Emotion“, que ajudou a solidificar o exemplo de banda como uma das maiores do gênero.

“Mellon Collie and the Infinite Sadness” – The Smashing Pumpkins (1995)
Este álbum duplo é uma das maiores demonstrações de criatividade no rock alternativo dos anos 90. Billy Corgan e sua banda misturam sonoridades que vão do grunge ao rock progressivo, utilizando guitarras pesadas, teclados atmosféricos e arranjos orquestrais, por exemplo. “Mellon Collie and the Infinite Sadness” é uma obra densa e emocionalmente intensa, com letras introspectivas e cheias de simbolismo.

“Fly on the Wall” – AC/DC (1985)
Embora não seja o álbum mais aclamado da banda, “Fly on the Wall” apresenta o AC/DC no auge de sua sonoridade direta e enérgica. As guitarras de Angus Young e os vocais de Brian Johnson são imbatíveis, com riffs simples, mas extremamente eficazes. O álbum reflete a irreverência e a energia que a banda sempre entregou nos palcos.

“Ace of Spades” – Motörhead (1980)
“Ace of Spades” é o ápice do speed metal e um dos discos mais emblemáticos do Motörhead. O álbum é direto e impiedoso, com Lemmy Kilmister comandando o baixo e os vocais com sua presença única. As faixas rápidas, com riffs imbatíveis e baterias furiosas, são a essência do rock pesado e do punk, definindo uma geração de fãs.

“Spreading the Disease” – Anthrax (1985)
O Anthrax é uma das bandas pioneiras do thrash metal. O “Spreading the Disease” é um disco cheio de riffs rápidos e complexos, com Joey Belladonna entregando uma performance vocal intensa. Além disso, o álbum também apresenta uma habilidade impressionante de misturar velocidade com melodias, criando um som que ajudou a solidificar o lugar da banda no cenário do metal mundial.

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