Músico lenda do jazz sofreu um infarte e deixa uma extensa carreira como pianista, baterista e compositor de Chicago, trabalhando com músicos de renome como Miles Davis e Jonh Coltrane
Por: Alexandro Cruz – 28 de outubro de 2025
Jack DeJohnette, o lendário baterista, pianista e bandleader de jazz faleceu nesta segunda-feira, 27 de outubro, após sofrer um infarte fulminante. O músico tinha 83 anos e uma carreira musical invejável, tendo entre seus trabalhos a participação no final dos anos 1960 do álbum da banda Bitches Brew, de Miles Davis. Além disso, DeJohnette trabalhou com outras lendas do jazz, como John Coltrane, Sonny Rollins, Keith Jarrett e Herbie Hancock.
Nascido em Chicago (EUA), em 1942, DeJohnette cresceu em um bairro predominantemente segregado, sendo criado principalmente por sua avó e sua mãe que era uma poetisa. Com cinco anos de idade, começou a estudar piano e teve como influência um ambiente caseiro totalmente de jazz, ouvindo músicos como Duke Ellington e Billie Holiday.
Ele começou a tocar bateria na adolescência e teve como influência discos de Max Roach, Clifford Brown e Charlie Parker. Expulso do ensino médio por faltar às aulas, ele passou a se dedicar de maneira única aos estudos musicais.
Considerado um dos músicos mais influentes do século XX, Jack DeJohnette contribuiu para o rock por meio de seu trabalho pioneiro no estilo jazz fusion, especialmente durante sua passagem pela banda de Miles Davis no final dos anos 1960 e início dos anos 1970.

Fusão jazz e rock
O baterista teve um papel importante e vital na integração entre o rock’n’roll e as pegadas eletrônicas no jazz. Outro dado importante é que ele também aplicou suas inclinações espirituais em suas composições. Para o baterista, a música era uma forma de acessar o que chamava de “Biblioteca de Ideias Cósmicas”.
DeJohnette se tornou um músico muito requisitado por seu estilo polirrítmico nas baquetas, que ele mesmo descrevia como “multidirecional”. Entre os ritmos, ele conduzia as explorações musicais de psych-funk com um groove pesado e hipnótico com suas baterias.
Jack DeJohnette deixou um legado de importância para a música como um meio de transformação e comunhão, valorizando a liberdade e a fluidez na criação musical. Para ele, a música podia transcender o conceito de tempo linear, permitindo uma conexão mais profunda entre músicos e público. Isso tornava os músicos imortais e foi exatamente o que o baterista conseguiu.
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