Selecionamos algumas artes de discos históricos que lembram a data para você ouvir e curtir o dia 31 de outubro bem acompanhado
Por: Alexandro Cruz – 30 de outubro de 2025
Para comemorar mais um Halloween, a Morcegão FM fez um apanhado das capas de álbuns que lembram o dia 31 de outubro. Independentemente do estilo musical, são artes que podemos considerar uma coisa de bruxa ou sobrenatural.
Aproveite a matéria, curta as artes e ouça as músicas para animar a sua festa de Dia das Bruxas.
Black Sabbath

Nada melhor para começar do que os pais do heavy metal, o Black Sabbath, com a capa do primeiro álbum com o mesmo nome da banda. Lançado em 1970, numa época em que o movimento hippie e o discurso flower power dominavam os jovens, surgia uma arte de LP diferente e que gerou muita imaginação das pessoas.
Isso porque, quem era aquela misteriosa mulher na capa e qual o seu significado oculto por trás dessa imagem sinistra?
A capa trazia uma arte gráfica fúnebre e gótica, com uma mulher parada em um cenário lúgubre e que tinha uma casa abandonada, em tons marrom e cinza, ao fundo. Isso repercutiu e gerou muitos apontamentos de que eram coisas sobrenaturais.
Em resumo, Tony Iommi, Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Bill Ward conseguiram trazer o verdadeiro significado do heavy metal que fez do Sabbath uma lenda mundial.
Ozzy Osbourne

Depois de deixar o Black Sabbath, Ozzy não deixou seu reinado de o Rei das Trevas. E suas capas de discos continuaram como uma verdadeira arte fantasmagórica.
Entre tantas, vamos destacar a clássica obra Bark at the Moon, de 1983, com Ozzy transformado em um lobisomem de maneira tão diabólica e teatral, acompanhado de um lobo uivando.
A capa foi incrível. Porém, houve uma questão para a produção da foto. Ozzy tinha fobia por cães e esse medo quase inviabilizou a realização da arte.
Iron Maiden

Outros britânicos “endemoniados” são os integrantes do Iron Maiden, que lançaram em 1982 o clássico The Number of the Beast. O terceiro álbum também foi a estreia de Bruce Dickinson nos vocais e a arte da capa trazia a mascote da banda, Eddie, controlando um demônio menor que controlava uma pessoa menor que ele.
A arte de Derek Riggs, na época, recebeu acusações de que os músicos da banda estavam fazendo satanismo, principalmente nos Estados Unidos. Só que a ilustração foi inspirada nos quadrinhos da Marvel, como as histórias do Doutor Estranho. Essa controvérsia apenas colaborou para o aumento da venda deste álbum “satânico” e uma obra imortal do heavy metal.
The Misfits

A montagem da capa do álbum “Walk Among Us”, de 1982, é uma homenagem aos cinemas antigos de terror e de ficção científica. A arte do LP possui discos voadores, referente ao filme Earth vs. the Flying Saucers (1956) e tem uma criatura “Morcego-Aranha”, que é do longa metragem The Angry Red Planet (1959).
O sucesso da capa, porém, quase não saiu, já que o líder da banda, Glenn Dazing, não gostou das cores da arte na hora da impressão. Apesar do quase problema, a ilustração tornou-se icônica para o estilo sonoro e temático do punk rock horror que consagrou The Misfits em suas composições.
Slayer

A arte do álbum Reign in Blood, de 1986, já nasceu criando muita controvérsia e retaliação. O conceito elaborado por Larry Carroll era de gerar algo sombrio, caótico e grotesco, já que há imagens de horror e até detalhes gráficos de genitálias masculinas.
Inicialmente, os integrantes do Slayer não gostaram da arte. Mas, eles mudaram de opinião depois que a mãe do baterista Dave Lombardo achou a arte repugnante. O álbum teve problemas de lançamento, porque a Columbia Records se recusou a trabalhar com ele por causa da capa e do conteúdo lírico das músicas. A solução foi a distribuição pela Geffen Records, mas sem a capa original, sendo lançada anos depois em uma versão para colecionadores.
Helloween

A banda de power metal lançou o álbum Better Than Raw, em 1998, e tem a ilustração do artista Martin Häusler. A arte reflete a dualidade entre o humor e a fantasia, misturados a temas mais sombrios e pesados de uma bruxa sexy e um grupo de diabinhos abóbora caóticos.
A ilustração é o estilo da arte Häusler, em que mistura conceitos de alegria e terror em suas ilustrações. A capa é uma paródia ao conto de fadas dos Smurfs, com a bruxa no lugar do Gargamel e as abóboras no lugar dos Smurfs.
Mercyful Fate

O ícone do metal “terror” dinamarquês tem, entre tantas capas, o trabalho de 1983, Melissa. A arte, inicialmente, foi considerada decepcionante pelos membros do Mercyful Fate, porque “parecia que uma criança tinha desenhado com giz de cera“.
Após inúmeras mostras de opções do artista sueco Thomas Holm, a imagem escolhida foi a de um ambiente escuro e macabro, com cores vibrantes de preto, vermelho e amarelo. O conceito tinha total relação com a identidade da banda e essas tonalidades passaram a ser usadas com mais afinco nos anos seguintes.
Jethro Tull

A banda de rock progressivo lançou em 1971 seu imortal álbum, Aquallung. Além das músicas, a capa também foi uma obra à parte e derivada do conceito de representar o sombrio e o duvidoso.
A arte da capa, desenhada por Burton Silverman, representa o personagem Aqualung de maneira sombria. O velho da capa possui um visual enigmático e algo fora do mundo comum, que em algumas interpretações pode ser associado a elementos mágicos ou ocultistas.
Led Zeppellin

O lendário álbum, Led Zeppelin IV (1971), é reverenciado por sua sonoridade que revolucionou o rock na época e por trazer um forte conceito de misticismo e magia.
A capa apresenta um velho carregando um feixe de gravetos, que a banda encontrou em um antiquário e que simboliza a figura do “Eremita” do tarot, um buscador de conhecimento, em contraste com a foto urbana na contracapa. Além disso, o disco traz símbolos celtas e referências a um universo de magia e esoterismo, que permeiam as letras e a sonoridade da banda.
Ramones

Há quase 40 anos era lançado o álbum, Brain Drain, de 1989. A sua arte possui um conceito pertubador e sombrio, representado por uma imagem distorcida, com luzes e sangue na sua composição.
A capa foi inspirada pelo sucesso da música “Pet Sematary“, que faz parte da trilha sonora do filme homônimo de terror do mestre Stephen King. O som também reforça toda a atmosfera sombria e a narrativa de terror presente em algumas das faixas do álbum dos Ramones. Infelizmente, esse foi o último álbum gravado com Dee Dee Ramone.
Secos & Molhados

A banda brasileira também está na lista de capas icônicas no conceito Dia das Bruxas. A arte do álbum Secos & Molhados, de 1973, foi inspirada em uma foto do artista Antônio Carlos Rodrigues e retrata as cabeças dos quatro integrantes da banda em bandejas sobre uma mesa. O conceito visual foi ousado para a época, já que o Brasil passava por um período forte de censuras.
Diante de um país sob a ditadura militar, o conceito da capa era de uma imagem que transmitia agressividade e ousadia, representando o momento vivido pelo grupo e pelo Brasil. Porém, a sua produção foi muito difícil, já que os músicos tiveram que ficar horas na mesma posição para conseguir acertar o enquadramento da foto. A capa foi eleita a melhor da história da música brasileira.
Essas foram algumas capas que lembram a festa de Halloween. Se você lembrar de outras, deixe nos comentários. “Se não fizer. Você será amaldiçoado!”
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